3/20/2006

ESCURIDÃO

Minha casa caiu na escuridão A vela projeta sua sombra na parede e sua chama tremula no silêncio. Adeus energia! As lâmpadas já não se acendem! O rádio já não toca! A casa parou ou terá sido minha vida? Faltou luz! E a escuridão da casa é mais profunda do que aparenta O amor se foi! Só restou o vazio e a solidão! Terá sido mesmo amor? Os dias passam, um a um E é como se não passassem! O tempo parou! A dor estagnou! Insiste em apertar meu peito. É um constante nó na garganta e minha cabeça que não se levanta? Minhas lágrimas insistem em me contrariar, não querem permanecer secas, aprisionadas dentro de mim. Querem molhar meu rosto em qualquer lugar, me envergonhar! Querem mostrar minha fraqueza! Não quero que isto aconteça! E esta luz que não chega? Adeus energia! O ar condicionado parou, a geladeira esquentou, a casa parou ou terá sido minha a energia que se foi? Foram árduas as batalhas, me sinto cansada. Reina o silêncio, nem o som da minha canção. Só a frieza da água, que pelo corpo escorre, sem embaçar o espelho, sem o gostoso calor! De água fria tenho horror! E esta luz que não chega? Será que morri? Ou enclausurada estou num casulo e com vida? Quanto tempo mais Senhor? Quanto tempo durará esta escuridão? Metamorfose transformação? Tenho certeza que na plenitude, no tempo certo, as portas se abrirão! As luzes se acenderão, iluminando toda casa, minha vida. Então darei adeus a escuridão, leva consigo a dor traz o perdão! Tudo se iluminará! Há de se revelar uma nova mulher ainda mais forte, mais serena Trazendo no rosto as marcas do crescimento.

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